Depositamos fé nas crianças, como as perpetuadoras de nossas esperanças por dias melhores. Dizemos que as crianças são o futuro do nosso país e muitos pais esperam realizar-se em seus filhos.Mas com o descaso pelas crianças ,qual será o seu futuro? Que realização se poderá ter? Em vez de acolher o menor e dar-lhe a chance de mudar, preferem sua morte.Os problemas sociais que envolvem as crianças são mais intensos do que possamos imaginar. A criança pobre aprende que pertence a um grupo que enfrentará muitas dificuldades para ter uma vida melhor, e logo percebe que é vista como ‘’suja e mal vestida’’. O processo de humilhação que sofre é muito grande e ela acaba se sentindo inferior.


Diferenças de sexo e cor podem agravar ainda mais esse sentimento. ‘A criança negra e pobre’ se torna alvo de muitos preconceitos.


As pressões para garantir o sustento próprio e para contribuir com a família crescem mesmo crianças muito pequenas, que se vêem obrigadas a entrar no mercado de trabalho em uma situação desfavorável. Sem poder estudar e se profissionalizar, muitas crianças, estão condenadas a não ter um futuro de acordo com seus sonhos, por isso muitas optam pela delinqüência em busca do "dinheiro fácil’’. Temos informações e desafios suficientes para percebermos que algo precisa ser feito. Mas dias melhores virão à medida em que pudermos transformar o hoje num melhor dia, não só para as crianças. O futuro começa no presente com as correções dos erros do passado. E preciso passar da constatação para a ação. Vivemos sob a égide de um governo que pouco se importa com o que se passa com as crianças em nosso país. Mas, também não adianta falar que o governo não faz se nos como cidadãos também cruzamos os braços e nada fazemos para instruí-las a fim de se tornarem seres que pensam e tomam decisões por si mesmas, através de uma educação integral, tanto na família quanto na escola, ensinando e dando condições para que se cumpra seu papel formador em relação às crianças.


A família, a escola e o Estado têm papeis distintos e nenhum pode assumir o lugar do outro.O que se precisa é cada um assumir de fato e de direito as suas obrigações.

Que futuro haverá,se o presente é palco das maiores incoerências ? Só precisamos partir para a ação! Não uma ação isolada, mas em conjunto. Não podemos cruzar os braços.






Texto de: Neuza Maria Nogueira Campelo Costa